Paciente de 41 anos, feminina, ASA III por quadro de insuficiência cardíaca, sem história de eventos tromboembólicos prévios, em programação eletiva para hepatectomia devido a hepatocarcinoma. Indicada utilização do eco transesofágico para monitorização da reposição volêmica.
Abaixo vemos um corte que evidencia as câmaras direitas, com o multiplano a zero graus e com o eixo do transdutor rodado para direita. Chamamos a atenção para a estrutura indicada pela seta. No filme vemos o resultado da injeção de microbolhas pelo cateter central.
Alex,
ResponderExcluirEssa eu vou ficar devendo... Será que vc pode contar qual é o diagnóstico?
Carol
Isso seria uma perfusão miocardica com microbolhas causada por Insuficiência Coronariana??
ResponderExcluirPatrícia
Alex, a identificação da estrutura depende da altura do corte e da posição do catéter central.
ResponderExcluir1- Se o corte for alto (perto do teto do AD) e o catéter estiver no meio do AD esta estrutura pode corresponder à crista terminalis (estrutura que separa a porção venosa da porção trabeculada do átrio).
2- Se o corte for baixo (perto da VCI) e o catéter estiver no meio do AD, esta estrutura pode corresponder à válvula de Eustáquio.
A segunda hipótese é menos provável.
Dra Carol, muito obrigado pela participacao,desculpe a demora em responder. Espero contar sempre com os seus posts.
ResponderExcluirVeja o diagnostico no post para o Dr Castillo (Jose).
Obrigado mais uma vez.
Dra Paty Bertolini, muito obrigado pela participacao.
ResponderExcluirSe possivel gostaria de saber como voce descobriu o blog e qual sua area de atuacao.
Na verdade as microbolhas que voce ve no filme sao utilizadas como meio de contraste para investigar a anormalidade anatomica em questao. Esse eh um recurso muito utilizado na investigacao de algumas situacoes, como por exemplo na pesquisa de foramen oval patente.
Muito obrigado pela participacao.
Caro Dr Castillo, muito obrigado pela participacao. Comentario extremamente relevante e didatico. Peco desculpas pois deveria ter colocado uma nota a respeito da altura do corte, no caso, esse corte eh baixo( perto da VCI).
ResponderExcluirApós a realização do exame detalhado de acordo com nossa rotina, evidenciamos no corte quatro câmaras uma estrutura dividindo o átrio direito (imagem do port-o-catch ?). Ao investigarmos o achado com o corte bicaval percebemos que se tratava da válvula de Eustáquio prolongada. Fizemos a injeção de solução salina agitada pelo cateter central ( colocado na veia jugular interna esquerda, ja que na direita estava o outro cateter) que foi visto imediatamente preenchendo a cavidade abaixo da membrana, apenas com pequena passagem para o compartimento acima da membrana, que se comportava como uma válvula unidirecional (filme), o que nos levou ao diagnóstico de separação do átrio direito pela válvula de Eustáquio.
Diferentes condições clínicas podem estar associadas à persistência da válvula de Eustáquio. O comprimento médio da válvula encontrado na maioria das pessoas é de 3,6mm, podendo variar entre 1,5 e 23mm. Ela pode persistir como uma estrutura alongada e móvel, ou então fixa, como neste caso, onde observamos sua origem na veia cava inferior e outro ponto de fixação logo acima do seio venoso coronário. O diagnóstico diferencial quando a válvula parece dividir o átrio, como no nosso caso, deve ser feito com o cor triatrium, ou com um cateter mal posicionado dentro do átrio. Algumas manifestações clínicas que podem ocorrer são: cianose, se a paciente for portadora de um defeito do septo interatrial e desviar o sangue não oxigenado proveniente da veia cava inferior para o átrio esquerdo ou embolias paradoxais, na presença do forâmen oval patente, que felizmente não foi diagnosticado na paciente. No nosso caso a principal preocupação foi alertar o médico responsável da paciente para a associação de fatores predisponentes a endocardite e formação de trombos, pois além do cateter venoso central a paciente possuía um cateter de longa permanência para a quimioterapia.
Muito obrigado pela participacao e pela atencao.
Abracos.