A ecocardiografia transesofágica (ETE) é utilizada por cardiologistas nos casos onde a ecocardiografia transtorácica não consegue gerar imagens com qualidade suficiente para auxiliar no diagnóstico ou então quando é necessária a avaliação mais detalhada de uma determinada estrutura, como por exemplo, uma valva acometida por endocardite.
No cenário da anestesia para cirurgia cardíaca, a ETE foi introduzida no final da década de 80 apenas como uma ferramenta para monitorização do ventrículo esquerdo. O método ganhou popularidade inicialmente nos Estados Unidos e só alguns anos mais tarde difundiu-se para centros em todo mundo. Desde então, a ETE veio ganhando espaço entre os anestesiologistas sendo reconhecida como uma excelente ferramenta para monitorização no período intraoperatório.Em resposta ao crescente interesse do uso intraoperatório da ETE, a Sociedade Americana de Ecocardiografia reuniu-se em 1993 para definir a criação de um departamento voltado exclusivamente para a ETE no intraoperatório. Posteriormente, em 1997 esse departamento publicou o primeiro guideline para padronizar a realização da ETE no intraoperatório, composto por uma série de cortes anatômicos direcionados para uma avaliação minuciosa do coração. Esse guideline foi endossado pela Sociedade de Anestesiologistas Cardiovasculares e passou a ser utilizado como base para o treinamento da ETE no intraoperatório.Além de ter como objetivo estabelecer uma abordagem sistemática, capaz de reforçar os achados prévios e certificar-se que não há informações importantes não detectadas no exame anterior, a criação deste guideline foi também uma maneira de estimular e aprimorar as habilidades de reconhecer estruturas normais e distinguir variantes anatômicas de alterações patológicas ampliando a capacidade de quem realiza o exame de efetuar um exame mais completo e abrangente e não exclusivamente voltado para a patologia previamente diagnosticada, além disso, a documentação regrada dos exames permitiria também a criação de um banco de dados com base em exames completos que possibilitassem a comparação entre diferentes exames do mesmo paciente, bem como a comparação entre diferentes centros.Outra recomendação importante do guideline é que todos os exames sejam gravados em vídeo ou armazenados em mídia digital, tornando-os passíveis de revisão quantas vezes forem necessárias para que se esclareçam todas as dúvidas. A descrição do exame preconizada no guideline baseia-se em imagens obtidas por um transdutor multiplanar, isso porque esses transdutores permitem ao examinador a possibilidade de obter imagens com grande qualidade das estruturas examinadas, além da facilidade na orientação anatômica durante a realização do exame (figura abaixo).
No cenário da anestesia para cirurgia cardíaca, a ETE foi introduzida no final da década de 80 apenas como uma ferramenta para monitorização do ventrículo esquerdo. O método ganhou popularidade inicialmente nos Estados Unidos e só alguns anos mais tarde difundiu-se para centros em todo mundo. Desde então, a ETE veio ganhando espaço entre os anestesiologistas sendo reconhecida como uma excelente ferramenta para monitorização no período intraoperatório.Em resposta ao crescente interesse do uso intraoperatório da ETE, a Sociedade Americana de Ecocardiografia reuniu-se em 1993 para definir a criação de um departamento voltado exclusivamente para a ETE no intraoperatório. Posteriormente, em 1997 esse departamento publicou o primeiro guideline para padronizar a realização da ETE no intraoperatório, composto por uma série de cortes anatômicos direcionados para uma avaliação minuciosa do coração. Esse guideline foi endossado pela Sociedade de Anestesiologistas Cardiovasculares e passou a ser utilizado como base para o treinamento da ETE no intraoperatório.Além de ter como objetivo estabelecer uma abordagem sistemática, capaz de reforçar os achados prévios e certificar-se que não há informações importantes não detectadas no exame anterior, a criação deste guideline foi também uma maneira de estimular e aprimorar as habilidades de reconhecer estruturas normais e distinguir variantes anatômicas de alterações patológicas ampliando a capacidade de quem realiza o exame de efetuar um exame mais completo e abrangente e não exclusivamente voltado para a patologia previamente diagnosticada, além disso, a documentação regrada dos exames permitiria também a criação de um banco de dados com base em exames completos que possibilitassem a comparação entre diferentes exames do mesmo paciente, bem como a comparação entre diferentes centros.Outra recomendação importante do guideline é que todos os exames sejam gravados em vídeo ou armazenados em mídia digital, tornando-os passíveis de revisão quantas vezes forem necessárias para que se esclareçam todas as dúvidas. A descrição do exame preconizada no guideline baseia-se em imagens obtidas por um transdutor multiplanar, isso porque esses transdutores permitem ao examinador a possibilidade de obter imagens com grande qualidade das estruturas examinadas, além da facilidade na orientação anatômica durante a realização do exame (figura abaixo).
O exame completo proposto pelo guidline consiste em uma série de 20 cortes anatômicos do coração e dos grandes vasos. A nomenclatura adotada segue as mesmas normas utilizadas para a ecocardiogarfia transtorácica.
O nome dos cortes é dado pela localização do transdutor, pela descrição do plano da imagem e pela principal estrutura visualizada na imagem(figura abaixo).
O nome dos cortes é dado pela localização do transdutor, pela descrição do plano da imagem e pela principal estrutura visualizada na imagem(figura abaixo).
A imagem no canto superior direito dos cortes refere-se ao ângulo de varredura do feixe do transdutor multiplanar. Muitos dos mesmos cortes também são usados com o doppler colorido e o dopppler espectral para o estudo dos fluxos intracavitários e transvalvares.
Com o passar dos anos e com os grandes avanços tecnológicos, atualmente a ETE constitui-se numa ferramenta extremamente útil capaz de fornecer uma grande quantidade de informações não só sobre a anatomia de todo o coração, mas também sobre os padrões de fluxo intra e extracardíacos bem como dados sobre pressão e gradientes, tudo em tempo real.A utilização da ETE é de valor indiscutível em procedimentos como cirurgias para valvoplastias, correção de cardiopatias congênitas e cirurgias da aorta torácica, mas também pode ser de grande utilidade no manejo de pacientes cardiopatas submetidos a cirurgias não cardíacas e naqueles com instabilidade hemodinâmica de difícil controle tanto na sala de cirurgia quanto na emergência e na terapia intensiva. Entre as grandes vantagens da utilização da ETE destaca-se a pouca invasividade do método e a possibilidade de agregar informações que juntamente com as provenientes de outros monitores permitem um panorama mais completo em casos de difícil controle e ou diagnose.A ETE quando bem indicada e utilizada dentro dos protocolos estabelecidos confere ao anestesiologista o papel fundamental de trazer novas e importantíssimas informações que podem não só alterar o curso da cirurgia como também melhorar seu resultado final.Hoje, mais de 90% dos programas de formação e treinamento em anestesiologia cardiovascular nos Estados Unidos utilizam a ecocardiografia transesofágica intra-operatória como ferramenta diagnóstica ou para monitorização. Infelizmente no Brasil, não há dados oficiais sobre o número de serviços que utilizam a ETE.
Leitura sugerida: ASE/SCA Guidelines for Performing a Comprehensive Intraoperative Multiplane Transesophageal Echocardiography Examination: Recommendations of the American Society of Echocardiography Council for Intraoperative Echocardiography and the Society of Cardiovascular Anesthesiologists Task Force for Certification in Perioperative Transesophageal Echocardiography. J Am Soc Echocardiogr 1999;12:884-900.
Com o passar dos anos e com os grandes avanços tecnológicos, atualmente a ETE constitui-se numa ferramenta extremamente útil capaz de fornecer uma grande quantidade de informações não só sobre a anatomia de todo o coração, mas também sobre os padrões de fluxo intra e extracardíacos bem como dados sobre pressão e gradientes, tudo em tempo real.A utilização da ETE é de valor indiscutível em procedimentos como cirurgias para valvoplastias, correção de cardiopatias congênitas e cirurgias da aorta torácica, mas também pode ser de grande utilidade no manejo de pacientes cardiopatas submetidos a cirurgias não cardíacas e naqueles com instabilidade hemodinâmica de difícil controle tanto na sala de cirurgia quanto na emergência e na terapia intensiva. Entre as grandes vantagens da utilização da ETE destaca-se a pouca invasividade do método e a possibilidade de agregar informações que juntamente com as provenientes de outros monitores permitem um panorama mais completo em casos de difícil controle e ou diagnose.A ETE quando bem indicada e utilizada dentro dos protocolos estabelecidos confere ao anestesiologista o papel fundamental de trazer novas e importantíssimas informações que podem não só alterar o curso da cirurgia como também melhorar seu resultado final.Hoje, mais de 90% dos programas de formação e treinamento em anestesiologia cardiovascular nos Estados Unidos utilizam a ecocardiografia transesofágica intra-operatória como ferramenta diagnóstica ou para monitorização. Infelizmente no Brasil, não há dados oficiais sobre o número de serviços que utilizam a ETE.
Leitura sugerida: ASE/SCA Guidelines for Performing a Comprehensive Intraoperative Multiplane Transesophageal Echocardiography Examination: Recommendations of the American Society of Echocardiography Council for Intraoperative Echocardiography and the Society of Cardiovascular Anesthesiologists Task Force for Certification in Perioperative Transesophageal Echocardiography. J Am Soc Echocardiogr 1999;12:884-900.
gostaria de saber sobre a desinfecçã deste aparelho vc tem algo q descreve ela ,como é feita?Obrigado
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