Paciente de 15 anos, feminina, com diagnóstico prévio de insuficiência aórtica grave e estenose sub-aórtica. No eco transesofágico intra-operatório, plano da aorta eixo longo, evidenciamos estenose sub-aórtica em "vidro de relógio" (na figura 1 as setas brancas indicam a estenose) acometendo a via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE) e apresantando ao Doppler (plano transgástrico longitudinal) gradiente máximo de 40mmhg (figura 2).
No plano da aorta eixo curto (vídeo 1) observamos uma insuficiência aórtica grave, quantificada pelo mapeamento colorido do fluxo . Essa insuficiência tinha como mecanismo a aderência do folheto não coronariano na região sub-aórtica estenótica da VSVE e sua conseqüente degeneração, o que também podia ser visto no plano da aorta eixo curto, onde os dois folhetos (coronariano esquerdo e direito) se movimentavam normalmente enquanto o folheto não coronariano permanecia aderido e imóvel (vídeo 2).
Video 1
Video 2
Foi efetuada a plastia da válvula com sucesso (restando uma insuficiência leve) e a ressecção da estenose da via de saída que ficou com gradiente residual máximo no eco de controle de 7,4mmhg (figura 3). Neste caso o eco transesofágico intra-operatório é de fundamental importância não só para o acompanhamento da plastia da válvula, mas tambem para a avaliação do gradiente residual da VSVE, que deve ser inferior a 10mmhg.
Figura 3
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