quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Novas Imagens do caso de Agosto

Motivado pelos comentários do Dr. Castillo, que com sua vasta experiência deu uma recomendação muito importante sobre a altura do corte, a qual eu não havia mencionado ainda, resolvi selecionar algumas imagens que talvez ilustrem melhor o caso, tornando mais fácil o diagnóstico.
Na imagem 1 vemos um corte 4 câmaras ligeiramente rodado para a esquerda para evidenciar melhor o lado direito do coração. A seta branca indica a estrutura investigada.


Imagem 1


Na imagem 2 vemos um plano bicaval evidenciando o átrio direito. A seta branca indica a ponta do port-o-catch (cateter de longa permanência) e a seta verde a válvula de Eustáquio bastante alongada.




Imagem 2

O filme mostra o mesmo plano da imagem acima. No lado direito da tela vemos a ponta do cateter chegando ao átrio direito pela VCS e no lado esquerdo a válvula de Eustáquio projetando-se para dentro do AD.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Insuficiência aórtica e estenose sub-aórtica

Paciente de 15 anos, feminina, com diagnóstico prévio de insuficiência aórtica grave e estenose sub-aórtica. No eco transesofágico intra-operatório, plano da aorta eixo longo, evidenciamos estenose sub-aórtica em "vidro de relógio" (na figura 1 as setas brancas indicam a estenose) acometendo a via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE) e apresantando ao Doppler (plano transgástrico longitudinal) gradiente máximo de 40mmhg (figura 2).



Figura 1




Figura 2


No plano da aorta eixo curto (vídeo 1) observamos uma insuficiência aórtica grave, quantificada pelo mapeamento colorido do fluxo . Essa insuficiência tinha como mecanismo a aderência do folheto não coronariano na região sub-aórtica estenótica da VSVE e sua conseqüente degeneração, o que também podia ser visto no plano da aorta eixo curto, onde os dois folhetos (coronariano esquerdo e direito) se movimentavam normalmente enquanto o folheto não coronariano permanecia aderido e imóvel (vídeo 2).




Video 1




Video 2





Foi efetuada a plastia da válvula com sucesso (restando uma insuficiência leve) e a ressecção da estenose da via de saída que ficou com gradiente residual máximo no eco de controle de 7,4mmhg (figura 3). Neste caso o eco transesofágico intra-operatório é de fundamental importância não só para o acompanhamento da plastia da válvula, mas tambem para a avaliação do gradiente residual da VSVE, que deve ser inferior a 10mmhg.

Figura 3